A Igreja

Aproveito para postar esta história que escrevi anos atrás. Eu alterno meu lado técnico com meu lado de escritor de histórias. Esse sou eu.

Tinha poucos meses que tinha me mudado para meu novo apartamento no Playground District e uma das coisas que mais me agradavam era a vista ampla com a qual este era agraciado. Sei que o nome do bairro é engraçado, mas como se tratava de um bairro relativamente novo, parece que na prefeitura tiveram dificuldades para achar um outro nome e este lhes pareceu original. Mal eles sabiam que talvez sem querer tinham acertado no nome por motivos que veremos mais tarde. O apartamento era de esquina e a vista era linda a partir de qualquer uma das janelas do imóvel. Nada que lembrasse o meu antigo apartamento com vista apenas para as paredes úmidas do prédio vizinho e onde os raios solares tinham dificuldade de chegar. A umidade que tantas vezes me fez adoecer, vítima de crises de sinusite e algumas pneumonias que abalaram minha saúde, não estava presente na minha nova morada, o que era um alívio. Mas não era só isso que tinha ficado para trás, alguns fatos sem explicação, lembranças de fatos que nunca ocorreram nesta vida ligados a alguns vizinhos, presenças inesperadas e misteriosas que não me afetavam muito mas amedrontavam minha mulher também tinham ficado para trás.

Contrariamente ao resto da cidade, aqui ainda podia se ter um contato com a natureza, incluindo belas e quase selvagens praias junto com modernas construções em uma cidade com poucos espaços para crescer, o que ainda acontecia nesta região. Podia-se dizer que até certo ponto, por ser uma região mais nova da cidade, os grandes problemas desta como a violência opressora de January River ainda não a haviam alcançado. Um oásis no meio do caos. Porém, o caos pode se fazer presente disfarçado de beleza e se manifestar de formas inesperadas, como eu viria a descobrir.

Da varanda da sala podia contemplar uma extensa área verde assim como os prédios modernos vizinhos e chalés que constituíam a grande maioria das construções existentes. Também podia contemplar mais longe o movimento dos carros na longa e larga avenida que corta Playground District e Cross-Bar, o bairro vizinho, de um extremo a outro, assim como a moderna estação de ônibus em frente, onde tinha um constante vai e vem de pessoas, algumas moradoras do bairro, outras muitas trabalhadoras que vinham de bairros distantes para trabalhar principalmente no comércio do local, em condomínios e também em escritórios e consultórios. Olhando mais distante, mas de forma imponente, aparecia uma bela cadeia de montanhas que cercava Playground District e Cross-Bar e as espremia junto ao mar e que faziam uma separação entre esta região e o restante da cidade, praticamente a isolando.

Particularmente me agradava que tanto das amplas janelas do banheiro e da área interna surgia outra paisagem visível somente a partir da lateral do prédio mas que me permitia ter uma vista panorâmica de boa parte do bairro, formado de chalés, pois os prédios eram minoria, assim como de Cross-Bar onde aí sim os prédios eram a regra, até o outro extremo da cadeia de montanhas onde surgiam imponentes as elevações que desenhavam uma figura que parecia um gigante deitado. Estas montanhas eram chamadas de “o gigante adormecido”. E como se fosse pouco, eu ainda tinha uma vista parcial do mar, delícia das delícias. O mar tem uma existência inseparável da vida das pessoas da região, como eu fui perceber ao longo do tempo. Vidas entrelaçadas, em comunhão constante.

Adorava contemplar estas paisagens. E foi num dia desses, de contemplação que a vi pela primeira vez. Ela tinha passado desapercebida para mim nas primeiras semanas, mas desta vez ela surgiu para mim como se tivesse surgido do nada. Uma igreja que parecia estar sobre uma elevação, de frente para o mar. Me chamou muito a atenção o fato de não a ter percebido antes e chamei a minha mulher para confirmar para mim se estava vendo a igreja. Sim, ela também a estava vendo e se mostrou igualmente surpresa. A partir daí não passava um dia sem que eu olhasse na sua direção. Algo na visão dessa igreja me perturbava.

Numa de minhas contemplações surgiu a decepção. Olhando fixamente para a igreja comecei a perceber que na realidade estava sendo vítima de um engano, de uma espécie de ilusão ótica. A tal igreja era um conjunto poderoso de antenas que se elevavam sobre um prédio majestosamente, e que de forma caprichosa lembrava de longe o formato de uma igreja, mas era só isso, ou eu pensava que era apenas isso.

Um dia desses chegou uma frente fria e o tempo fechou na região. A paisagem que eu gostava tanto se tornou cinzenta. Me lembrei da “igreja” de forma divertida, pensando em como eu podia ter me enganado tanto. Decidi olhar em sua direção. Levei um susto e estremeci, não pude deixar de sentir temor com o que estava vendo. Uma igreja majestosa surgia na minha visão, uma nítida e perfeita igreja! Mas como era possível? Olhei repetidas vezes e a igreja continuava firme no meu campo de visão. Chamei Pitty, a minha mulher e ela confirmou entre espantada e divertida que também estava vendo uma igreja. Não eram antenas, era a igreja.

No dia seguinte fui olhar novamente para confirmar o que tinha visto, mas a igreja continuava lá. Decidi aceitar o fato de que realmente tinha uma igreja no meio da paisagem e procurei não questionar mais.

A manhã seguinte era um sábado de sol e me preparava para ir com Pitty, minha mulher, para a praia, que podia ser alcançada a 20 minutos a pé de onde morávamos. Nós gostávamos muito de caminhar para a praia e parávamos frequentemente no caminho,

distraída que ficava Pitty com o comércio e feiras do bairro. Em muitos aspectos esta área próxima lembrava uma cidade do interior. Antes de sair, meio de forma automática fui dar uma olhadinha na igreja: Agora aparecia novamente de forma nítida o conjunto de antenas! A igreja tinha desaparecido mais uma vez! Com o passar das semanas fui me acostumando com a aparição e desaparição da igreja, e eu mesmo comecei a achar que tudo não passava de uma peça que o meu cérebro estava me pregando. Mesmo assim procurei não dar muita importância ao assunto. Iria adiantar de alguma coisa? Procuraria me concentrar em aproveitar as coisas boas que estavam à minha disposição, a praia principalmente, da qual eu e minha esposa gostávamos muito e que era muito real.

Passaram alguns meses e estávamos muito felizes por ter nos mudado para este bairro, só encontrávamos bons motivos para ficar mais satisfeitos com nossa escolha embora de vez em quando a lembrança da igreja me perseguia. Aproveitamos muito o verão, não parecia que estávamos em January River, parecia uma outra cidade. Quando assistíamos as notícias da cidade no telejornal parecia que estavam falando de uma cidade distante. Nossa região definitivamente era como se fosse uma região que se desprendeu da cidade e tivesse sido transportada para um universo paralelo. Era essa a sensação que nós tínhamos e eu e minha esposa conversamos sobre isto mais de uma vez. Ela também tinha essa sensação, a de estar dentro de um sonho. Tinhamos receio de acordar, não queríamos acordar, tamanha era nossa felicidade. As pessoas eram diferentes aqui, mais simpáticas e menos agressivas. A beleza e ordem que reinavam pareciam artificiais. Como era possível que um mero bairro fosse assim tão diferente do resto da cidade, mergulhada no caos? Por vezes comentávamos que parecia que estávamos em outro país. Essa sensação se tornava mais forte quando caminhávamos pelas belas praias, um paraíso. Falei para Pitty uma vez que se a gente morresse algum dia o paraíso devia ser parecido com Playground District. E era justamente esta perfeição que me amedrontava, não podia ser real, pensava.

Porém um fato marcante aconteceu que veio mudar as coisas. A meteorologia tinha previsto a chegada de uma frente fria, nada que nós não tivéssemos acostumados nos muitos anos morando em January River. O momento que a frente fria chegou foi marcado por uma ventania muito forte, até aí nada de extraordinário, porém o vento começou a aumentar de intensidade e uivar furiosamente enquanto eu via da minha varanda árvores fortes balançando primeiro e depois sendo arrancadas. Objetos começaram a voar e tive que correr rapidamente para dentro do apartamento e fechar as janelas e a porta que dava acesso à varanda. Começou a chover copiosamente, com intensidade tal que não tinha visto antes no tempo que estava morando no novo bairro. Em poucos minutos as praças e áreas verdes vizinhas viraram lagos. Passei na cozinha para fechar a porta e olhei em direção da área, em direção da igreja. Foi aí que começou… No início não tinha certeza do que estava ouvindo, mas depois não havia mais dúvidas, estava escutando os sinos da igreja tocando! Os sinos de uma igreja que nem tinha certeza de que existia realmente! Os sinos não paravam de tocar, como se um monge de séculos passados estivesse tocando os sinos à moda antiga, manualmente, com muito vigor ou desespero. Como se estivesse dando o alarme de algo extraordinário e grave acontecendo.

Fiquei paralisado perante esse cenário, mas da paralisia passei para o terror quando comecei a escutar um forte rugido. Eu sabia o que era esse rugido, era o mar. Não entendi no princípio o motivo do rugido do mar mas compreendi que um fato grave estava prestes a ocorrer. O rugido foi diminuindo gradualmente em intensidade, como se afastando. Por alguns breves momentos o silêncio voltou a reinar. Após esse breve período o rugido voltou a surgir, cada vez com intensidade maior e percebi apavorado o que estava acontecendo, o mar estava saindo, saindo com fúria e avançando sobre Playground District! Gritos de desespero de homens, mulheres e crianças se somaram ao rugido aterrorizante do mar. Gritos que aos poucos eram silenciados pela morte. Sabia que o meu fim também era iminente e nesse derradeiro momento me ajoelhei e comecei a rezar, desesperadamente. Nesse momento consegui escutar um coral de vozes e um murmúrio de pessoas. Os cânticos com devoção parecia que se elevavam até o céu. A única coisa que consegui imaginar nesse instante foi numa procissão.

Passados alguns segundos, ainda com os joelhos no chão, o silêncio. O silêncio voltou a reinar. Eu estava aí ainda, perplexo. O que aconteceu? Fiquei em pé e a igreja continuava lá assim como o restante de Playground District, como se nada tivesse acontecido. E de fato parece que nada aconteceu, apenas na minha imaginação. Será que foi só isso?

Voltei para a sala e a minha mulher já tinha ido dormir. Aparentemente ela não tinha passado pela experiência pela qual eu passei.

No dia seguinte perguntei para alguns vizinhos se eles conheciam alguma igreja próxima, pois eu pessoalmente não tinha visitado nenhuma ainda, por desconhecer a localização destas. Eles me apontaram alguns locais e um deles ficava na direção da igreja misteriosa de minha visão, embora mais distante. Fiquei intrigado e convidei Pitty para me acompanhar a uma Capela muito importante que me tinha sido indicada. Quando cheguei no local, se tratava de uma Capela simples e

bela ao mesmo tempo. Fiquei sabendo que esta Capela era uma reprodução fiel da Capela de Nossa Senhora de Fátima em Portugal, a mesma que apareceu para os 3 meninos pastores. A Capela era a única réplica no mundo autorizada pela Igreja de Portugal. Era estranho que um local tão importante da fé católica tenha sido construído ali, no início de Playground District, um bairro que embora belo era distante e isolado do resto da cidade. Minha surpresa foi grande quando fiquei sabendo que segundo o padre que estava por trás desse projeto, o local foi indicado para ele em sonhos pela própria Nossa Senhora de Fátima!

O que eu vi devia ter algum significado, assim como a presença do Santuário de Nossa Senhora de Fátima em Playground District. A procissão que pensei ter ouvido também devia ter um significado. Será que a visão que tive foi a visão de um fato possível, mas que não necessariamente iria ocorrer? Sei que após a procissão de minha visão e de ter me ajoelhado para orar tudo cessou. Seria essa a mensagem dessa visão? A de orar, orar muito por Playground District?

Embora não fosse muito religioso na época deste relato, nos momentos de necessidade a maioria de nós se lembra da existência de um Deus, essa visão mudou minha vida, me aproximando mais de Deus. Ah, contei para vocês que agora participo das procissões que viraram tradição em Playground District? Pois é, existe um Ser maior, que embora pareça por vezes que brinca conosco, parece ter um propósito. Pelo menos eu passei a acreditar assim dali em diante. Playground District parece que tinha um destino trágico mas que não estava se concretizando, pelo menos enquanto tivessem pessoas orando por isso. Um belo lugar que pode oscilar entre o paraíso e a devastação. Mas forças espirituais não permitiam o fim trágico acontecer. E espero que seja assim sempre. De minha parte enquanto tiver vida em mim as minhas orações não cessarão.

Bom, este relato acabou mas Playground District teria mais surpresas para mim. Mas isso fica para outras histórias.

Treinamento em Excel para funcionários da Saphyr Shopping Centers concluido com sucesso.

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Professor Ernesto com alunos do treinamento em Excel Avançado da Saphyr

Com muita satisfação concluimos nesta terça-feira 14/08 o treinamento em Excel Avançado para colaboradores da Saphyr Shopping Centers. Foram 16 horas de treinamento onde foram abordadas diversas ferramentas avançadas do Excel tais como tabelas dinâmicas e os novos recursos de criação de modelo de dados e relacionamentos que tornam mais poderosa ainda a ferramenta de tabelas dinâmicas.  Também foram abordadas fórmulas avançadas e novas funções e tipos de gráficos disponibilizados pela Microsoft a partir do Excel 2016. Este treinamento foi o segundo ministrado para funcionários da Saphyr. Um grupo de colaboradores da Saphyr tinha recebido anteriormente nosso treinamento em Excel Intermediário.  Muitos desses colaboradores participaram também do treinamento em Excel Avançado.  Muito obrigado a meus queridos alunos, que os conhecimentos recebidos possam ser de grande utilidade na sua vida profissional.

Conheça como é o ambiente de trabalho na sala de controle de missões da NASA!

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Produtividade

Bicicletas ergométricas, iluminação em sincronia com ritmos circadianos e transmissões ao vivo de satélites no espaço… Paul Sean, ex-diretor de Operações de Missões do Centro Espacial da NASA em Houston, Texas, explica como a agência criou um escritório de outro mundo e aderiu à tendência do trabalho flexível

 

Como é a sala de controle de missões da NASA?

Parece um pouco com um call center de emergência ou uma instalação de controle de tráfego aéreo. Tem cerca de 20 mesas com vários monitores de computador, além de uma tela grande na parte da frente da sala exibindo dados resumidos para toda a equipe. Como você já deve ter visto nos filmes, temos vários relógios no alto da parede exibindo diversos dados, desde a hora atual até a hora da próxima cobertura do satélite para a nave espacial. Para quase tudo que fazemos, temos uma contagem regressiva ou contamos quanto tempo passou desde o início da operação.

O que mais surpreende os visitantes?

As pessoas sempre ficam eufóricas quando entram na sala de visualização e veem o mapa enorme na tela central que mostra exatamente onde uma nave espacial está sobre a Terra. Ao lado do mapa, há uma tela grande mostrando vídeos capturados do lado de dentro e de fora da nave. Os visitantes ficam olhando e algum deles sempre diz: “Isto é real? Está acontecendo neste momento?” E a resposta sempre é: “Sim, está acontecendo agora, a 400 km de distância da Terra, do outro lado do mundo.”

A configuração do centro é icônica. Como foi o planejamento para torná-la realidade?

Há 60 anos, quando começamos a nos aventurar no espaço, o lugar em que as pessoas se sentavam era muito importante. As pessoas eram agrupadas de acordo com a área específica em que trabalhavam, pois isso facilitava a comparação de anotações. No ambiente computadorizado de hoje, isso já não é tão importante. Atualmente, basta que os membros de uma equipe estejam na mesma sala ou usem sistemas para se olharem nos olhos virtualmente e trocarem dados de onde estiverem.
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A sala de controle de voo da estação espacial em 1964

 

A equipe tem a opção de trabalhar remotamente ou de maneira flexível?

A tecnologia em evolução possibilita determinado grau de trabalho flexível. Temos sistemas que permitem às pessoas fazerem login e trabalhem de casa. Quando elas não estão pilotando espaçonaves (por exemplo, estão analisando dados ou organizando apresentações), não há motivo para não poderem trabalhar de outro lugar. O centro também começou a permitir que as pessoas trabalhem de casa em algumas sextas-feiras. Incentivamos as pessoas individualmente: se elas conseguissem cumprir 80 horas em 9 dias em vez de 10, então, desde que não tivessem reuniões, poderiam tirar um dia de folga. Isso aumentou a motivação da equipe. Portanto, o trabalho flexível, quando usado de forma sensata, está nos ajudando.

Em que medida as estações de trabalho são ergonômicas?

Correndo o risco de ofender meus predecessores, admito que nos primeiros 40 a 50 anos da nossa existência muitos fatores humanos eram secundários, e o foco estava todo na parte técnica. Não era incomum que as cadeiras e os teclados fossem desconfortáveis. Nos últimos dez anos, aprendemos a levar isso mais a sério. A partir de 2011, mudamos tudo completamente.

Quantas mudanças ocorreram devido ao feedback da equipe?

As mudanças vieram aos poucos. As pessoas não reclamavam muito, pois era o jeito que as coisas sempre tinham sido. Quando a equipe reclamava do assento ou da iluminação, a gerência não os levava muito a sério e dizia: “Tá, tá. Fomos até a lua com essa iluminação. Agora fiquem quietos e façam seu trabalho.”

Mas à medida que os anos passaram, surgiram estudos mostrando a importância da boa ergonomia. Os próprios médicos da NASA nos disseram que havia uma relação direta entre o tipo de iluminação dos locais de trabalho e o humor das pessoas. No geral, descobrimos que era possível melhorar a ergonomia e o local de trabalho sem afetar o custo. As novas mesas para computadores que compramos eram até mais baratas do que os consoles disponibilizados pelo governo que substituímos.

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Paul Sean Hill, ex-diretor de Operações de Missões do Centro Espacial da NASA em Houston, Texas 

 

Geralmente, a equipe da NASA trabalha em turnos de dez horas em um escritório sem janelas. Como seus funcionários se mantêm saudáveis?

Trabalhamos em um prédio enorme e sem janelas para manter os computadores refrigerados, o que implica não ter luz natural. Com isso em mente, analisamos o nível, a cor e o estilo da nossa iluminação artificial. Também a ajustamos para ajudar os funcionários com os ritmos circadianos, melhorando seu sono quando chegam em casa em horários que o corpo humano não foi feito para dormir.

Nossos médicos também recomendam que os funcionários caminhem durante os turnos. Até mesmo uma breve caminhada de dois a cinco minutos a cada hora de trabalho pode ter um efeito positivo considerável na saúde em longo prazo. Também temos uma sala de exercícios na própria sala de controle de missões que conta com algumas bicicletas e esteiras para quem quiser ficar ainda mais ativo no intervalo.

Há um código de vestimenta no escritório?

Sim e não. Sou da velha guarda. Quando eu era diretor de voo, sempre usava gravata. O código de vestimenta ficou mais descontraído nos últimos 20 anos. Agora que temos cobertura 24 horas, não é incomum ver pessoas, principalmente as que trabalham à noite, usando trajes sociais casuais. Mas geralmente não passamos disso. Mantemos em mentes a imagem que projetamos para o mundo lá fora. Queremos que as pessoas saibam que somos profissionais e focados.

Quais são suas principais dicas para um trabalho em equipe eficaz?

Em primeiro lugar, dê a devida importância à interação. Na NASA, incentivamos a interação entre nossas equipes em todos os níveis hierárquicos. É importante que todos se sintam livres para conversar uns com os outros sobre o trabalho, compartilhando conhecimentos e obtendo apoio daqueles que os cercam, seja pessoal ou remotamente.

Em segundo lugar, saiba que é crucial que todos se esforcem para promover a transparência total. Se alguém retiver informações, é sinal de que a equipe tem problemas de confiança. Quando surgia um problema na sala de controle de missões, em qualquer parte da organização, esperávamos que chegasse à alta gerência imediatamente. Talvez pareça que microgerenciávamos tudo, mas isso fazia uma diferença enorme. Nós conseguíamos lidar com os problemas logo que aconteciam, não importando o tamanho deles, e isso significava que éramos capazes de gerenciar a situação com mais eficiência. Como resultado, passávamos metade do tempo em reuniões de gerenciamento, tomando decisões melhores e liderando melhor a organização.

Por último, incentive todos da equipe a compartilhar sugestões de como aprimorar as coisas. Muitas pessoas não reclamam do que não funciona, pois não querem se destacar pelas razões erradas. Aprendemos que ouvir as equipes é a coisa mais valiosa que podemos fazer para o bem da organização e para a saúde e felicidade dos funcionários.

O que os civis podem aprender com a sala de controle de missões?

O maior aprendizado é: tenha cuidado para não continuar fazendo o que sempre fez. Por muito tempo, o fato de termos criado o escritório da maneira que expliquei fez com que usássemos equipamentos muito caros que não eram tão bons quanto poderiam ser. Parece loucura, considerando o que fazemos o dia inteiro, mas demorou muito para trocarmos os computadores e softwares antigos pela tecnologia mais recente. Essa mudança foi a melhor coisa que poderíamos ter feito.

 


O livro Mission Control Management (Gestão do Controle de Missões, em tradução livre), de Paul Sean Hill, foi publicado pela Nicholas Brealey Publishing

Hill falou com o jornalista Etan Smallman, baseado no Reino Unido

Aomega realiza treinamento para 36 funcionários da LAFE / PROECHO

quemsomosA Aomega na pessoa do seu professor Ernesto Villafuerte teve a imensa satisfação de completar em 16/03/2018 o treinamento em Excel Básico de 36 funcionários da LAFE divididos em 4 turmas.  Foram aulas práticas com apoio de material digital e videos no Youtube, criados pelo professor Ernesto. O treinamento teve duração de uma semana. O professor Ernesto declara que foi uma experiência fantástica, e as turmas mostraram máximo interesse a fim de tirar o maior proveito possível das aulas.  Os alunos irão receber seu certificado e ter apoio posterior através do site da Aomega e via e-mail. Recomendamos aos alunos a visitar sempre o site da Aomega a procura de novos vídeos a serem criados.  Obrigado pessoal, vocês foram ótimos!

Videoaula de Excel Básico 2016 (2/2) – Criação de sua primeira planilha

Lançamento de nosso canal para videoaulas gratuitas!

Pessoal, com muita satisfação informo que foi lançado o Canal no YouTube da Aomega Treinamento, contendo videoaulas gratuitas. Por enquanto postei dois videos iniciais sobre aulas de Excel Básico mas pretendo ir incrementendo o conteúdo ao longo do tempo.

https://www.youtube.com/c/AomegaTreinamento

Espero que gostem, e aguardo suas criticas e sugestões.

A inteligencia artificial democrata ou o uso do Data Science na política

A campanha presidencial de Hillary Clinton conta, provavelmente, com a estratégia mais sofisticada jamais adotada para vencer uma eleição. Nela, inteligência artificial de ponta se encontra com pesquisas de opinião e uma grande massa de voluntários. As ferramentas ajudam a dar foco e precisão ao esforço das pessoas.

Dos 50 estados americanos, a eleição é fácil de prever em 41. É nos nove indecisos, swing states, que o resultado será definido. Mas não é assim que os estrategistas de Hillary enxergam o mapa. Eles veem, na verdade, 25 condados chaves dentre os mais de três mil do país. É nestes lugares que os swing states se resolverão.

Um deles é o condado de Wake, na Carolina do Norte. Ajudou a eleger George W. Bush duas vezes e Barack Obama, outras duas. Dos quase um milhão de habitantes, um percentual cada vez maior é jovem. Em outubro, a primeira-dama Michelle Obama fez dois comícios ali. Ela é popular na faixa etária. Identificando estes condados, a campanha busca qual a pessoa certa para agitar a região. Aí, promove eventos.

Num país sem voto obrigatório, o objetivo não é convencer as pessoas a escolher um ou outro. É empolgar quem já se inclina numa direção a sair de casa para votar. Aí entra uma importante ferramenta digital. Os assessores partem das listas públicas de eleitores cadastrados nestes condados. Com base em dados de eleições passadas e informações disponíveis publicamente na internet, selecionam quais os mais propensos a votar. Para esta lista de pessoas específicas, enviam mensagens de texto, e-mails e até mesmo ligam.

Pelo menos um terço dos eleitores já terão depositado seus votos antecipados nas urnas, antes da terça-feira. No dia, as filas são longas e, como não é feriado, as pessoas têm pouco tempo. Convencer quem simpatiza com Hillary a votar antes é o cerne da estratégia.
http://oglobo.globo.com/mundo/pedro-doria-inteligencia-artificial-democrata-20415817

A primeira videoaula é especial! Excel Básico – Minha primeira planilha!

Bom, já sei que estou atrasado, mas nunca é tarde.  Postei hoje no Youtube o primeiro video da Aomega Treinamento, é uma videoaula equivalente a uma primeira aula de Excel Básico. Espero que gostem.

Whatsapp compartilha dados com Facebook e terá mensagens de empresas

App muda sua política de privacidade e cria potencial fonte de receitas

whasapp_artigoRIO – O WhatsApp começará a compartilhar números de telefone de seus usuários com o Facebook, controladora do serviço de mensagem, numa reviravolta em sua política de privacidade, abrindo caminho para um potencial milionário de receitas. Com a novidade, que deve começar a ser testada nos próximos meses, milhares de empresas devem ganhar acesso ao um bilhão de usuários do serviço e poderão passar, por meio do WhatsApp, mensagens que, atualmente, enviam por SMS.

O anúncio foi feito pelo blog do Whatsapp. Trata-se da primeira guinada na política de privacidade da companhia desde que foi comprada, por US$ 22 bilhões, pelo Facebook, no início de 2014. Na ocasião, o fundador do WhatsApp, Jan Koum, jurou proteger os dados dos usuários, dizendo que o negócio não afetaria a política de privacidade do aplicativo.

“Esta ação faz parte de nosso plano para testar maneiras para que pessoas possam se comunicar com empresas dentro dos próximos meses”, afirmou o Whatsapp em seu blog. As mensagens corporativas devem incluir alertas de bancos contra fraudes e atualizações das companhias aéreas acerca de atrasos nos voos, por exemplo. “(…) nós iremos explorar maneiras para facilitar a sua comunicação com as empresas de sua preferência, sem a exibição de anúncios ou spam de terceiros”, disse a companhia.

A monetização do serviço é uma questão de relevo para aplicativos como o Whatsapp. A companhia chegou a fixar uma taxa de US$ 1 para parte de seus usuários, mas, no começo do ano, cancelou-a e disse que estava experimentando cobrar de empresas para que se comuniquem com os clientes pelo serviço, destacou o “Financial Times”.

NOVA POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Antes de passar a partilhar os dados dos usuários, porém, a empresa precisa atualizar seus termos de serviço, explica o blog, frisando a criptografia de ponta-a-ponta, disponível para quem faz a atualização do app: “Quando você e as pessoas com quem você se comunica estiverem utilizando uma versão recente do aplicativo, suas mensagens serão criptografadas de ponta-a-ponta por padrão, o que significa que somente você e a pessoa para quem a enviar conseguirão lê-las”.

A companhia enfatizou que, mesmo compartilhando dados com o Facebook, não irá publicar ou compartilhar o número de telefone com terceiros e que as mensagens transmitidas pelos usuários por meio do aplicativo continuarão privadas. “Nós também não iremos vender, compartilhar ou disponibilizar o seu número de telefone para anunciantes”, sublinhou a companhia.

A nova política de privacidade, disponível a partir do blog da empresa, inclui o número telefônico usado no Whatsapp num banco de dados já existente, no qual os usuários permanecem anônimos. A partir dele, anunciantes selecionam seus públicos para anúncios e mensagens. Assim, a “colaboração” como Facebook torna os usuários do Whatsapp alvo dos anunciantes, da mesma forma que os usuários da rede social são.

— As mudanças nos termos de uso são positivas e deixam pontos hoje controversos mais claros — avalia Adriano Mendes, advogado especialista em direito digital. — O informativo cita a junção do WhatsApp com o Facebook, fato que até então era sabido mas que legalmente ainda gerava controvérsias na responsabilização do Facebook por questões ligadas ao uso e ordens judiciais ligadas ao WhatsApp.

Publicidade

Em seu blog, o Whatsapp informa ainda que a colaboração com o Facebook permite obter métricas sobre a frequência de uso do app, o que permitiria melhor combate ao spam. “Outro fato importante é que ao conectar o seu número de telefone com os sistemas do Facebook, você terá melhores sugestões de amizade e anúncios mais relevantes caso você tenha algum tipo de conta com estas empresas. Por exemplo, você poderá ver um anúncio de uma empresa da qual você já tenha utilizado os serviços ao invés de uma que você nunca tenha ouvido falar.”

É a primeira vez que o WhatsApp compartilha dados. Jan Koum, co-fundador e diretor executivo do WhatsApp, disse que proteger a privacidade dos usuários é um valor fundamental para a companhia, em parte devido a sua experiência pessoal: ele cresceu na União Soviética.

Alguns usuários, porém, já reagem com ceticismo: “Números telefônicos?!? Não! Isso definitivamente NÃO ESTÁ OK. I devo apagar meu perfil no Facebook, pessoal. NÃO estou brincando”, afirmou um usuário do Twitter.

por Juliana Garçon, com agências internacionais